31 de agosto de 2014

EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL INFANTIL:

ALGUMAS ESTRATÉGIAS SIMPLES

Como é bom assistirmos os pequenos crescendo com saúde, ainda mais sabendo que a alimentação tem função mais que especial na fase de crescimento.
O desenvolvimento relacionado à alimentação seria como imaginarmos um castelinho da Lego® como uma criança, onde acrescentamos bloquinhos e mais bloquinhos que o faz ficar diferente e maior, esses bloquinhos podemos comparar com os nutrientes.
Os nutrientes são "pecinhas" que fazem crescer!
É sabido por nós nutricionistas que cada nutriente tem o seu papel no nosso organismo, que por vezes eles se ajudam, outras se atrapalham e o que procuramos fazer de melhor é buscarmos a quantidade, o equilíbrio, a adequação e a harmonia entre eles para que as pessoas desde a infância tenham uma vida de qualidade, sem doenças.
A fase pré-escolar é definida pela idade compreendida entre os 2 a 6 anos e é marcada pelo interesse da criança pelo ambiente que a cerca, onde a alimentação por vezes fica em segundo plano deixando muitos pais preocupados. Nessa fase, as crianças observam muito a cor e o sabor dos alimentos e facilmente emitem um parecer de "gosto" ou "não gosto", podendo algumas vezes apresentarem inapetência.
Por sua vez, a fase escolar é definida entre os 7 a 10 anos de idade e tem como características o aumento do apetite e diminuição da inapetência, o ambiente já não é tão atrativo e os alimentos passam a ter valor social, principalmente pela influência externa na escolha. Uma observação importante é que nessa fase a velocidade do ganho de peso aumenta e existe uma maior tendência ao sobrepeso.
As vezes não é o sabor, mas a cor e o formato que o alimento é apresentado
Pesquisas científicas comprovam que a maioria dos casos de obesidade e transtornos alimentares têm suas origens ainda na infância, motivo pelo qual deve haver uma maior atenção no comportamento alimentar das crianças. 
Quando nos referimos ao comportamento alimentar, não estamos somente observando a ação de comer ou não, mas uma ação completa que compreende o meio psicossocial pelo qual a alimentação ocorre, bem como, o que o alimento significa para aquele indivíduo naquele momento da sua vida.
Na fase pré-escolar, por exemplo, uma salada de brócolis pode representar um verdadeiro filme de terror, sem a criança nunca tê-la provado antes. Os pais se perguntam onde estão errando e alguns acabam desistindo ou tomando posições severas, ambas danosas ao desenvolvimento pleno de um excelente comportamento alimentar. Por vezes, a origem do problema é simples; neste caso poderia ser uma aversão a cor verde ou ao formato do alimento, a criança pode acha-lo esquisito e feio ou não gostar do sabor, isso é normal no mundo deles. Diante desse problema, o oferecimento de fast-foods deve ser evitado, alguns pais por desespero acabam cedendo e oferecem alimentos nada convencionais e saudáveis, desde que a criança coma. 
Importante: Nunca devemos forçar a ingestão de alimentos, isso pode causar traumas irreparáveis.
Nada convencional, nada saudável: as crianças adoram!
O problema se agrava se elas chegam desta maneira na fase escolar (7 a 10 anos); as aversões serão compensadas por seus alimentos favoritos que podem ser doces e fast-foods, já que o convívio social nos dias atuais as influenciam à esta escolha, onde somamos os meios de comunicação e estratégias de marketing, que buscam atenção e vendas inclusive com brinquedos e brindes.
Mas o que devemos fazer nesses casos que parecem impossíveis de resolver?
O primeiro passo é manter a calma e determinar para si mesmo (a) que você é quem está no controle; aquele velho ditado que "educação vem de casa". O segundo, é você observar a rotina da sua família, verificar o que pode ser mudado e melhorado, recordando que as crianças copiam os adultos e em questão de alimentação, elas comem aquilo que lhes é proporcionado no seio familiar, mesmo com as aversões, nós somos responsáveis pela formação dos hábitos alimentares, jamais a criança.
Algumas estratégias simples
Feito isso, é hora de bolar algumas estratégias para estimularem os seus filhos a comerem bem e adquirirem os nutrientes necessários para um perfeito crescimento.
Lembra do brócolis? O mundo das crianças é um mundo colorido e devemos sempre estar proporcionando isso a eles, por isso se este alimento e outros não estão sendo aceitos na sua forma original ou sabor, que tal mudar as suas apresentações ou disfarçar os seus sabores?
Para entendermos melhor convidamos você, caro (a) leitor (a) a assistir ao lado este pequeno vídeo de 5 minutos do famoso desenho "Peppa Pig", no episódio "O almoço" (não deixe de assistir).
Pratos divertidos!
Como podemos perceber no desenho, a estratégia abordada em criar um "dinossauro", com as hortaliças/salada foi bem válida e eficaz, isso porque muda a percepção da criança em referência aos alimentos (desconsiderem a pizza no almoço). Temos aqui a nossa primeira estratégia: crie pratos divertidos e invente uma história de fantasia relacionada ao personagem ou a paisagem criada que estimulem os seus filhotes a comerem. Use a sua imaginação para aguçar a deles. Algo interessante também mostrado no desenho é a participação da criança na escolha do alimento e no seu preparo, por isso leve os seus pequenos ao supermercado, mostre os alimentos saudáveis, conte uma história e diga para eles para escolherem e colocarem no carrinho, isso repassa a sensação de participação, o que quebra a sensação de imposição; assim como no preparo, desde a lavagem e a montagem do prato, claro que adequado a idade, crianças muito pequenas não farão isso, verifique o que pode ser feito, mesmo que de "faz-de-conta".
A nossa segunda estratégia é: crie ou faça receitas diferentes: existem várias receitas que disfarçam os sabores e as características físicas dos alimentos, mas, que preservam os seus nutrientes. Sucos, bolos, pães, biscoitos, sorvetes, picolés; basta procurar pela receita certa e mãos a obra!
Como exemplo, confira e faça a receita abaixo: o fígado é um alimento riquíssimo em vitaminas e minerais, porém é odiado por muitas crianças; essa é uma excelente sobremesa e sem o sabor característico  desse alimento, só o chocolate!
Algo muito importante é os pais dedicarem algum tempo do dia para trabalharem a educação alimentar de seus filhos, ou seja: o momento educativo não deve ser restrito à hora das refeições, mas também nas brincadeiras e convivências no dia a dia. Por isso vamos falar da nossa terceira estratégia simples: brinque de educação alimentar com seus filhos! Assim como na primeira estratégia, o foco aqui é estimular a imaginação da criança e promover a aquisição de novos hábitos ou mudá-los.
O uso dos fantoches por exemplo é algo bem divertido e as crianças adoram, basta criar uma história relacionada a alimentação saudável e cair na brincadeira. Os jogos também são ferramentas lúdicas interessantes e ajudam as crianças a desenvolverem hábitos alimentares saudáveis. Atualmente encontramos no mercado vários jogos criados por nutricionistas para esta finalidade. Com teatros de fantoches e jogos, toda a família participa, brinca e aprende, porque acontece as interações e o aprendizado natural, com certeza a criança vai se lembrar do que aprende nas brincadeiras e aplicar na hora de se alimentar.
Brinque em família de "educação alimentar"
Neste texto aprendemos algumas ferramentas pedagógicas simples para educação alimentar e nutricional, tanto na fase pré-escolar, como escolar. Os pais devem identificar as técnicas que poderão usar de acordo com a idade dos filhos.
Educar em casa é algo extremamente importante, muitos restringem o termo educação apenas para a ética e moral, mas existem vários valores a serem ensinados, dentre estes está a educação para alimentação com saúde.
A ajuda multiprofissional em saúde, deve ser buscada em casos de extrema dificuldade, nutricionistas, psicólogos e psicopedagogos estão aptos a trabalharem o desenvolvimento educativo dentro das suas atribuições.
Educação Alimentar previne doenças!


Sucesso!

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