3 de setembro de 2014

OBESIDADE: PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA MUNDIAL

A obesidade é uma doença crônica que se tornou um problema de saúde pública mundial. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1995 o número estimado de adultos obesos era de 200 milhões, a partir de 2000 esse número aumentou para 300 milhões e atualmente estima-se que existem 600 milhões de adultos obesos no mundo, podendo chegar a 700 milhões em 2015. No Brasil, uma pesquisa do Ministério da Saúde realizada em 2012 revelou que uma boa parte da população brasileira está acima do peso, atingindo 54,4% dos homens e 48% das mulheres, são cerca de 22 milhões de brasileiros obesos.

São várias as causas da obesidade, dentre elas podemos destacar os fatores genéticos, as endocrinopatias ou doenças de origem hormonais (representam 10% dos casos no Brasil), o sedentarismo e a alimentação irregular. Neste contexto, a vida conturbada nos centros urbanos é uma contribuinte para a obesidade, uma vez que as pessoas gastam menos energia em relação ao que consomem, seja por não andarem a pé, por recorrerem aos baratos, rápidos e calóricos alimentos industrializados (fast-foods) e por exercerem atividades laborais que demandam pouco ou nenhum esforço físico.

O ganho excessivo de peso está associado a várias causas
O peso excessivo e as limitações físicas são apenas alguns dos problemas que um quadro de obesidade traz à uma pessoa. A Síndrome Metabólica é comumente associada ao caso e tem como base a resistência insulínica. Pessoas com obesidade central (circunferência da cintura superior a 102 cm no homem e 88 cm na mulher), hipertensão arterial, glicemia de jejum alterada (>110 mg/dl) ou diabetes, distúrbios no colesterol (fração HDL baixa e fração LDL alta) e valores de triglicérides altos, têm grande probabilidade de diagnóstico de Síndrome Metabólica. As principais consequências da obesidade associada à Síndrome Metabólica são as doenças cardiovasculares, tais como aterosclerose, infarto agudo do miocárdio, derrame cerebral e insuficiência cardíaca congestiva (ICC). O índice de mortalidade por essas doenças tem sido cada vez mais alto.

Algumas pessoas portadoras de obesidade recorrem aos diversos tipos de intervenções para se verem livres do problema, algumas invasivas como a redução de estômago (cirurgia bariátrica) e cirurgias plásticas, a administração de medicamentos inibidores de apetite que foram novamente liberados no país e dietas severas. No entanto, tentar resolver o problema com essas formas pode não ser eficaz quando não há o trabalho de educação alimentar e físico porque a principal mudança que deve ocorrer é a do comportamento. De nada adiantará reduzir o volume do estômago ou apetite e continuar ingerindo alimentos hipercalóricos sentado (a) no sofá. É muito importante que o indivíduo seja interessado no seu caso, conheça e aceite a sua realidade e busque por ações efetivas e o mais naturais possíveis. Por outro lado, o governo também deve buscar por estratégias que estimulem as pessoas a evitarem os maus hábitos físicos e alimentares, já que temos aqui um problema grave de saúde pública, restringindo cada vez mais o comércio de alguns alimentos industrializados, como os ricos em gorduras trans.
É preciso fazer as escolhas certas
A sociedade tornou-se escrava de si mesma e sofre as consequências das suas próprias criações. Doenças como a obesidade são resultados de uma evolução negativa da humanidade e assim como a desnutrição, devem ser combatidas até o fim. Cada um deve fazer a sua parte o que significa escolhas simples no supermercado ou na hora do almoço, do filme no cinema para uma caminhada ou corrida no parque, praça ou bairro. O apoio e suporte familiar também são extremamente importantes pois a maioria dos obesos não conseguem mudar as suas situações sozinhos e por fim, a sociedade deve abolir esteriótipos, preconceitos e discriminações, afinal o problema é nosso.

Façamos as boas escolhas, mudemos esta realidade mundial.

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