30 de outubro de 2014

O MUNDO VAZIO E PERIGOSO DOS FAST-FOODS

A nossa história começa no centro da cidade de Belo Horizonte/MG, era por volta de 12h e Ana, uma estagiária, estava no "horário de almoço"  resolvendo todos os seus problemas e necessidades pessoais, pagava um boleto ali, uma fatura aqui e lembrou até de passar na loja de perfumes porque o seu preferido havia acabado; porém, faltando 25 minutos para o final do intervalo do trabalho recordou que não havia comido nada desde o café da manhã em casa. Concluindo que não daria tempo de almoçar, olhou para um lado e para o outro e visualizou uma daquelas lanchonetes de uma grande rede mundial de lanches rápidos, entrou, sentou-se e pediu um sanduíche acompanhado de fritas e refrigerante; em 10 minutos nossa personagem já havia se alimentado e já estava a caminho do trabalho saciada e feliz. Ela repetiu essa cena pelo ou menos quatro vezes naquele mês. 
O que a Ana viveu acontece com muitas pessoas nos vários centros urbanos do mundo todos os dias : a correria e a vida conturbada faz a alimentação ficar sempre em terceiro, quarto e último plano. 
Será que a Ana fez uma boa troca?
Os alimentos de fácil preparo e ingestão, mais conhecidos como fast-foods (comida rápida), são os nossos conhecidos hambúrgueres, fritas, milk shakes, refrigerantes, sorvetes, steaks, doces, pastéis, coxinhas e tantos outros que encontramos nas várias lanchonetes espalhadas por aí. Eles são mais baratos e considerados mais gostosos que um prato de comida convencional e causam uma grande sensação de saciedade, mas...seriam eles uma boa opção para substituirmos uma refeição tão importante como o almoço? Na verdade não. Vamos entender porquê.

Ao analisarmos a composição desses alimentos, vamos perceber que a grande maioria são riquíssimos em carboidratos como o amido e a sacarose (açúcar comum), gorduras (trans e saturadas) e sódio (sal), em detrimento de outros nutrientes como vitaminas, minerais e fibras; resultado: alimentos hipercalóricos ricos em sal. Quando determinado alimento é considerado hipercalórico e não promove uma boa oferta de outros nutrientes essenciais, este é um alimento com calorias vazias.

Mas afinal qual seria o problema? O importante é não ficar sem comer, certo?
Equilíbrio alimentar é fundamental para a qualidade de vida!
A alimentação vai bem mais além da saciedade porque é uma ato fisiológico necessário para a vida, é através dela que adquirimos energia e nutrientes importantes para nos mantermos vivos e saudáveis. Quando optamos por alimentos que nos oferecem uma carga energética desequilibrada e nutrientes insuficientes, estamos maltratando o nosso organismo e logicamente teremos resultados negativos, os mais conhecidos deles são a obesidade, diabetes e as dislipidemias, mas temos outras doenças causadas por carências nutricionais oriundas da má alimentação, como por exemplo  anemia por deficiência de ferro (anemia ferropriva) e os vários tipos de câncer (pois é!).

Meses depois a Ana deparou-se novamente com a necessidade de se alimentar rápido e de forma barata, entrando em uma lanchonete da primeira esquina atraída pelo cheiro da gordura. Ela comeu dois pastéis, um de queijo e outro de carne e tomou um copo grande de suco de maracujá. Horas mais tarde, já no trabalho, nossa personagem começou a sentir-se mal: apresentava vômito, diarréia e febre; foi levada pelos colegas ao pronto atendimento de um hospital ali próximo, onde recebeu o notícia que tinha sofrido de uma intoxicação alimentar.

Ana não fez boas escolhas alimentares...
Outro perigo de abrirmos mão de uma alimentação saudável e segura é o risco de infecções, intoxicações e toxinfecções alimentares. A primeira é quando ingerimos alimentos contaminados com microrganismos patogênicos (bactérias, fungos e vírus), a segunda quando ingerimos alimentos que já possuem toxinas produzidas pelos microrganismos ou outras substâncias químicas provenientes do ambiente, como metais pesados; a terceira é a ingestão de alimentos com os microrganismos que liberam suas toxinas dentro do nosso organismo. Diante deste fato precisamos saber que nem todos os locais que comercializam alimentos prezam pela higiene e segurança daquilo que estão produzindo, principalmente de comida rápida.

Após a conversa com o médico a Ana resolveu prestar mais atenção na sua alimentação, foi quando resolveu procurar pelo trabalho de educação alimentar e nutricional com uma profissional nutricionista indicada por um amigo; finalmente ela começou aprender sobre a importância da alimentação saudável, equilibrada e segura.

Com a lição da Ana compreendemos que precisamos ser mais atenciosos com a nossa alimentação porque ela representa aquilo que seremos no futuro. Por mais que o dia a dia seja corrido, devemos priorizar os bons hábitos alimentares, evitando os fast-foods e demais alimentos industrializados, escolhendo opções saudáveis e acreditem: sem gastar muito! Basta priorizar (repetimos) e procurar por melhores opções. Existem acontecimentos na vida que não há a menor necessidade de passarmos por eles, assim, escolhas corretas representam tudo!

O mundo da alimentação saudável é colorido e vivo, por sua vez o dos fast-foods não possui muitas cores restringindo-se aos tons de vermelho e amarelo (reparem). 

Escolha bem, viva bem! Viva saudável!

Complemente seu aprendizado lendo nosso texto sobre como criar um prato saudável na hora do almoço! Clique no link abaixo:
NA HORA DE ALMOÇAR: COMO CRIAR UM PRATO SAUDÁVEL?

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